Visualizações de páginas da semana passada

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Todo mundo está repugnando o Pará?

A primeira postagem será especulando sobre uma conversa que tive com um amigo, altas horas da madrugada na net. Ele mora em Imbé, RS, foi embora de Belém para estudar. Uma amiga está de malas prontas para morar em MT, vai acompanhar o resto da família que conseguiu emprego para as bandas de lá. No meio da conversa surge o nome de outro amigo, época que estudávamos ciências no Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), este, foi morar para o RJ fazer mestrado em Artes Visuais. E por último, outra amiga foi cursar medicina, também no RJ.

Estas viagens remetem progresso na vida destas pessoas. Mas, também nos fazem perceber que nossa querida terra, a Amazônia que todos almejam está jogada às traças.
Há investimentos.  Mas será que não estão sendo feitos nas coisas erradas?

Daí, penso nos grandes projetos, alguns, rascunhos, outros, obras já fincadas em solo amazônico.

É o progresso chegando ao Estado. São os povos, principalmente os da Amazônia, (Índios, Ribeirinhos e remanescentes Quilombolas) sendo excluídos deste progresso.

Para ilustrar, a questão Belo Monte. O projeto pretende construir uma Usina Hidrelétrica em um trecho de 100 quilômetros no Rio Xingu, no estado do Pará.  Sua potência instalada será de 11.233 MW, o que fará dela maior que todas as outras do país e inteiramente brasileira,  visto que a Usina Hidrelétrica de Itaipu fica entre a fronteira de Brasil e Paraguai.

A implementação da Usina, não beneficiaria a todos. Os índios, por exemplo, não aceitam o projeto em solo amazônico. Por causa disto, que em 1989, durante o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, realizado em fevereiro, no município de Altamira, a Índia Tuíra, em sinal de protesto, levanta-se da plateia e encosta a lâmina de seu facão no rosto do presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz, que fala sobre a construção da usina Kararaô (atual Belo Monte). A cena é reproduzida em jornais e torna-se histórica.

O que mais indigna é que depois de mais de 20 anos, Belo Monte ainda insiste em acontecer. E o dinheiro nunca vai chegar nas mãos de quem também merece recebê-lo, não em espécie, mas em melhores escolas, melhores universidades, incentivos ao estudo, à cultura, ao esporte, melhores hospitais, mais segurança. Em uma vida melhor, (caso semelhante aos outros grandes projetos). Caso contrário, quem sabe assim, nossos amigos não pudessem ficar e progredir em Terra Natal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário